segunda-feira, 23 de maio de 2011

Fim de Namoro

E o namoro acabou. E com ele se foram sonhos, planos, certezas. Parece que a melhor coisa que havia na sua vida foi perdida: a pessoa com quem você namorou ou o próprio namoro.



Você já pensou nisso? De que você sente mais falta: da pessoa com quem você se relacionou ou do relacionamento em si? O que você acha de si mesmo hoje? Aquela pessoa que partiu, o que ela representava para você? Ela pode ter sido alguém que lhe mostrou o seu valor (e você passa a achar que só vale alguma coisa aos olhos dela). Quanta coisa você aprendeu com essa pessoa? Quanto você sofreu com essa relação, acreditando, buscando, se dedicando? Quanta coisa boa você descobriu em si mesmo, e que nem mesmo se dava conta? São tantas as coisas que precisamos avaliar no fim de um namoro!

O namoro acabou. Você já tentou de tudo, mas o vaso quebrou. Alguns ficam ainda tentando remendar. Não dá! É então necessário um tempo. Mas quem aceita? Busca-se desesperadamente alguma coisa que ocupe o lugar daquele relacionamento que terminou. Alguns caem na bebedeira, outros ficam desesperados por uma festa, e a maioria sai desesperada em busca de novos relacionamentos. E aí está um problema: Como se pode pensar em começar algo novo se ainda não foi assimilado aquilo que foi vivido anteriormente? 

O grande sinal de que é necessário um tempo de solidão é exatamente a dificuldade que há em encarar o vazio deixado. Esse tempo de solidão é necessário para avaliar aquilo que foi fecundado durante o relacionamento anterior. É necessário também (pois, com certeza, quando se sai de um relacionamento assim, se sai muito machucado) um tempo para que as feridas cicatrizem.

Quantas pessoas, a fim de sair da 'fossa' acabam se agarrando à primeira ilusão que surge? E quantos sofrem por isso? Quantos estragam a nova relação, comparando-a com a anterior (e isso só aumenta a saudade do que se foi), ou levando para o novo relacionamento todos os vícios que foram adquiridos? É preciso encarar. O namoro acabou; o vaso quebrou. É hora de transferir o líquido para um odre novo. Só Deus pode fazer um odre novo, e é Ele também quem o resgata, quem impede que o líquido (seus sonhos, esperanças, planos) escoe e se perca. E nesse odre novo é que você vai se derramar. Mas assim que a água é despejada, o que você vê? Turbulência. É essa a turbulência que você experimenta naquele primeiro momento. Mas se você espera um pouco, deixando aquela água aquietar-se, o que acontece quando você for olhá-la novamente? Você pode contemplar o seu reflexo!

Somente quando esperamos nossas inquietações se acalmarem é que temos condições de realmente entender o que foi trocado naquela relação; o que foi fecundado; o que foi doado... E se ficar sem aquela pessoa dói tanto, pare para pensar: O que você não consegue fazer sozinho? Qual o pensamento mais frequente agora que está só outra vez? O que você vale? Veja bem: Deus disse que não é bom o homem ficar só (Gn 2,18). Mas a pior solidão talvez seja aquela que se experimenta nas relações em que falta o amor. O amor a Deus sobre todas as coisas, o amor a si mesmo e o amor de um para com outro.

Muitas pessoas se engajam nesses namoros para disfarçar suas dificuldades sociais, familiares ou afetivas. É hora de deixar o amor de Deus falar mais alto e confiar na Palavra d'Ele, que criou, para o homem, uma ajuda que lhe seja adequada (Gn 2,18). 

Você que hoje vive a espera, confie na ação de Deus em sua vida e acredite que há uma pessoa adequada para você. Basta você viver de acordo com aquilo em que acredita e não em função das feridas acumuladas. Hoje já é tempo de você honrar, respeitar e dignificar a esposa, o esposo, os filhos que Deus tem para você. Confiar em Deus é viver essa esperança a cada dia.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Gesto Concreto - Instituto Beneficente Viva a Vida


No dia 1º de maio os jovens da Crisma e Pós Crisma da Paróquia Cristo Operário realizaram um gesto concreto visitando o Instituto Beneficente Viva a Vida, em Suzano. O instituto abriga algumas mães e crianças de 0 à 17 anos, muitos portadores de HIV.

Além de ouvir a Palavra de Deus, levamos a alegria e a Palavra do cristão ao próximo, proporcionando um dia diferente aos moradores do instituto e a nós. E podemos garantir que aprendemos muito mais do que ensinamos.






terça-feira, 10 de maio de 2011

Ninguém pode servir a dois senhores


Deus, na sua infinita bondade, nos da o direito de escolher entre segui-lo ou não segui-lo, em aderir ou não ao seu plano de amor, a acreditar ou não em sua bondade, misericórdia e amor. Mas a partir do momento em que optamos por ser filhos obedientes e crentes em Deus, Ele nos impõe algumas regras. Não por ser chato, mas por que não é possível ser mais ou menos de Deus, assim como não é possível ser mais ou menos legal. Ele quer uma opção radical, que o Sim seja Sim e o Não seja Não.


No Evangelho de Lucas, Jesus diz à seus discípulos: “Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou odiará um e amará o outro, ou se apegará a um e desprezará o outro. Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro.” Nessa passagem ele deixa muito claro que é necessário ser radical, aderir de corpo e alma ao projeto de Deus.

Muitos ao ouvir essa leitura, acreditam que as pessoas não podem ter dinheiro, e inclusive lembram-se de outra frase dita por Jesus no Evangelho de Mateus: “Ainda vos digo, é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico se salvar” e ficam confusos sobre ter ou não dinheiro e associar riqueza a salvação. Deus não quer que as pessoas deixem de trabalhar, deixem de ganhar dinheiro e de ter planos materiais para suas vidas, mas é necessário colocar Deus e nossa salvação como prioridade na vida, não coisas materiais. Em nossos trabalhos, a forma como lidamos com ele, deve incluir as leis e regras de Deus; nas escolas, na família e nos sonhos que temos, não podemos deixar de lado ou em segundo lugar os desejos e planos de Deus. É necessário aderi-lo como guia, como centro, como razão de cada dia.

Ter mais ou menos dinheiro não é referência para a nossa salvação, mas o valor que damos a ele pode ser um grande problema. Quem colocamos como senhor de nossas vidas, como prioridade e desejo maior, Deus ou o dinheiro?

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Uma falha astronômica


Trataremos nesse texto de uma idéia vicejando firme em nosso mundo moderno, convictamente freudiano. O sexo genital se tornou fonte de diversão barata, ao alcance de todos. Não há freios nem limitações, de maior porte, para mentes esclarecidas, libertas de culpas doentias. Fazer amor foi classificado como ocupação normal. A atividade sexual não deve despertar mais recalques e remorsos, dizem.


Será que o cristão pode se esquecer do que dizem as Sagradas Escrituras: "Nem os imorais, nem os adúlteros, nem os depravados...irão herdar o Reino dos céus" (I Cor 6, 9)? Embora tenhamos em nós a tendência forte de tudo erotizar, a moral cristã põe à nossa frente um grande ideal: fazer uso do direito ao sexo só dentro da vida de casados. É saber “guardar-se para a pessoa amada”. Dentro do matrimônio a sexualidade tem a bênção divina, e afina com nossa natureza. O Criador concedeu ao casal humano o prazer sexual para que homem e mulher se completem física e psicologicamente, e para que tenham prole.

Ora, o caro leitor nos pergunta se não é devido a essa convicção geral - atividade sexual fora do casamento - que caiu o interesse pelo sacramento do matrimônio? Se o sexo pode ser tranquilamente vivido antes do casamento, por que ainda se casar em público? Nesta circunstância, receber o sacramento de Cristo perdeu o interesse. Isso se chama secularização. É um rombo astronômico na nossa formação moral. O cristão que procura viver essa limitação é considerado um extraterrestre. Mas é preciso ao menos desconfiar dos dogmas do mundo moderno.

São Paulo nos alerta, com sabedoria: "Não vos conformeis com este mundo" (Rom 12, 2). O Criador, que nos programou, não nos faz exigências absurdas. Tenho visto, com clareza, que os namorados que vivem esse ideal (castidade) antes do casamento, também após a união são fiéis um ao outro. E temos a certeza, vinda de Cristo: quem vive a castidade tem gosto para a vida de oração. "Felizes os puros de coração, porque verão a Deus" (Mt 5, 8).