sexta-feira, 10 de junho de 2011

Por que as pessoas gritam?


Uma das promessas mais belas de toda a revelação é quando Jesus nos afirmou: "Se alguém me ama, guardará a minha palavra; meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada" (Jo 14,23).


No Antigo Testamento, Deus acompanhava o povo de Israel nas brigas e no caminho pelo deserto; na conquista de Canaã assim como no desterro de Babilônia. Deus Pai fez contruir um templo em Jerusalém, onde Ele sempre estaria presente com Seu povo.

De qualquer maneira, no Novo Testamento, Deus não está com Seu povo, mas em Seu povo; Deus não está conosco, senão dentro de nós, como a alma de nossa própria alma, e n'Ele vivemos, nos movemos e existimos (cf. At 17,28). "Acaso não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós" (I Cor 3,16).

Uma professora de matemática perguntou aos seus alunos:

- Por que as pessoas gritam quando estão bravas?

O grupo ficou pensativo por um momento.

O primeiro respondeu:

- Eu grito quando os outros me desesperam.

- Sim, respondeu a professora. Mas, por que grita se a outra pessoa está tão perto de você? Por que não pode falar em voz baixa?

Continuaram as respostas, mas nehuma satisfazia a professora. Enfim, ela explicou:

- Quando duas pessoas estão bravas, seus corações se distanciam, criando uma grande distância entre elas. Para cobrir este vazio, precisam de gritos, pois não escutam nem são escutadas.

A professora, com lógica matemática, continuou:

- Por outro lado, quando duas pessoas se apaixonam, não levantam a voz. Falam baixinho, porque seus corações estão perto um do outro. A distância tem sido superada. Não precisam gritar, porque um está dentro do outro. E até se olham em silêncio para ler a alma nos olhos da pessoa amada.

Deus está dentro de nós. Por isso, quando Jesus nos convida a orar, nos diz para entrarmos na morada profunda de nosso interior, onde encontraremos a presença divina. Muita gente é incapaz de fazer essa viagem, que é a mais importante da geografia da vida; percorrer o interior de nós mesmos, onde Deus tem feito Sua morada. Somos santuários do Espirito, onde Ele mora e atua por meio de nós (cf. I Cor 6,19). Por isso, não precisamos gritar; basta uma atitude de contemplação. O falar-lhe em voz baixa significa, então, que sabemos que Ele nos escuta, porque habita em nosso coração.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

O Retiro da Crisma 2011


A Crisma está na reta final e o último grande evento que tivemos, antes dos crismandos receberem o Sacramento, foi o Retiro. Esse ano aconteceu simultaneamente um retiro para a Pós Crisma também.





O tema foi ‘Como os discípulos em Emaús’ (Lucas 24, 13-35). Um dia voltado não só para olhar para dentro, mas para fora também, e ver quem nos acompanha na caminhada, quais os caminhos que trilhamos. Jesus se manifesta em nossas vidas e muitas vezes não reconhecemos os sinais Dele, não sentimos Sua presença, fomos convidados a nos atentar a esses sinais, a estarmos vigilantes.

Tivemos durante o dia palestras, música, dança, louvor. Um dia maravilhoso e, segundo os crismandos, um dos melhores dias das vidas deles, onde muitos entenderam, assim como os discípulos de Emaús, que o arder em nossos corações é a presença do Cristo ressuscitado. 

Que esse dia jamais seja esquecido e assim façamos de nossas vidas ocasião para que o sonho de Deus aconteça. Jesus fica conosco, basta somente lhe oferecermos um lugar aconchegante, quentinho, como é o nosso coração.