sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Ano novo, coração novo


Estamos acostumados aos rituais, às comemorações, às celebrações. Quando um ano se encerra e outro se inicia, celebramos o Dia da Paz, a confraternização entre os povos. Quando um novo ciclo se inicia, somos convidados a renovar algo em nós. Quem sabe, neste novo ano, possamos ter um coração novo.


O coração é a metáfora dos sentimentos, das intenções. Um coração envelhecido é aquele que desistiu de amar, que não acredita na humanidade e que, consequentemente, se fecha. E é, por isso, solitário. A solidão pela ausência do amor envelhece o coração.
As desculpas para um coração envelhecido recaem nas decepções com as pessoas que amamos.

Reclamamos dos erros dos outros, lamentamos as atitudes incorretas de nossos irmãos e, assim, optamos pelo fechamento. Vivemos condenando nossa triste situação. Pais, filhos, amigos, parece que não há ninguém de valor a nosso lado. Pensamos como seria bom se eles mudassem, se eles melhorassem.

No ano que passou, vivi momentos de muita emoção. Um deles ao lado de meu querido irmão Dunga. Eu fazia uma pregação em um grupo de oração em Presidente Prudente (SP). Enquanto isso, ele compunha o refrão de uma música. A reflexão era sobre as mudanças que temos de fazer para que nosso irmão seja mais feliz. E o refrão diz exatamente isto: "Quem tem que mudar sou eu, para que você seja mais feliz".

Eu escrevi o restante da música que fala em aprendizado, em perdão, em saber ouvir, em lembrar que não há ninguém perfeito. E que talvez precisemos do tempo da boa ingenuidade de volta, do sorriso leve, dos sonhos dos primeiros encontros.

O tempo pode ser uma boa escola. Ele nos ensina a tolerância, o respeito às limitações do outro e às nossas próprias limitações, a bondade no julgar. É uma lição de vida a reflexão de Madre Teresa de Calcutá: "Quem julga as pessoas, não tem tempo para amá-las".

Às vezes, os pais exigem dos filhos algo que não podem dar. O inverso é verdadeiro. E na relação entre o casal também. Cada ser é único. E talvez grande parte dos erros não sejam intencionais.

Meu irmão, não espere que o outro mude. Mude você. Diga à pessoa que você ama: "Quem tem que mudar sou eu, para que você seja mais feliz". E, se precisar, complete com o pensamento de Madre Teresa: Não vou perder tempo julgando, quero gastar esse tempo amando.

E é esse o convite para o novo ano. A consciência de que a sua família será melhor se você for melhor. Que o seu trabalho será melhor se você for melhor. Que o mundo, esse grande coração que pulsa, será renovado se o seu coração for renovado.

Ano novo, coração novo


Estamos acostumados aos rituais, às comemorações, às celebrações. Quando um ano se encerra e outro se inicia, celebramos o Dia da Paz, a confraternização entre os povos. Quando um novo ciclo se inicia, somos convidados a renovar algo em nós. Quem sabe, neste novo ano, possamos ter um coração novo.


O coração é a metáfora dos sentimentos, das intenções. Um coração envelhecido é aquele que desistiu de amar, que não acredita na humanidade e que, consequentemente, se fecha. E é, por isso, solitário. A solidão pela ausência do amor envelhece o coração.
As desculpas para um coração envelhecido recaem nas decepções com as pessoas que amamos.

Reclamamos dos erros dos outros, lamentamos as atitudes incorretas de nossos irmãos e, assim, optamos pelo fechamento. Vivemos condenando nossa triste situação. Pais, filhos, amigos, parece que não há ninguém de valor a nosso lado. Pensamos como seria bom se eles mudassem, se eles melhorassem.

No ano que passou, vivi momentos de muita emoção. Um deles ao lado de meu querido irmão Dunga. Eu fazia uma pregação em um grupo de oração em Presidente Prudente (SP). Enquanto isso, ele compunha o refrão de uma música. A reflexão era sobre as mudanças que temos de fazer para que nosso irmão seja mais feliz. E o refrão diz exatamente isto: "Quem tem que mudar sou eu, para que você seja mais feliz".

Eu escrevi o restante da música que fala em aprendizado, em perdão, em saber ouvir, em lembrar que não há ninguém perfeito. E que talvez precisemos do tempo da boa ingenuidade de volta, do sorriso leve, dos sonhos dos primeiros encontros.


O tempo pode ser uma boa escola. Ele nos ensina a tolerância, o respeito às limitações do outro e às nossas próprias limitações, a bondade no julgar. É uma lição de vida a reflexão de Madre Teresa de Calcutá: "Quem julga as pessoas, não tem tempo para amá-las".

Às vezes, os pais exigem dos filhos algo que não podem dar. O inverso é verdadeiro. E na relação entre o casal também. Cada ser é único. E talvez grande parte dos erros não sejam intencionais.

Meu irmão, não espere que o outro mude. Mude você. Diga à pessoa que você ama: "Quem tem que mudar sou eu, para que você seja mais feliz". E, se precisar, complete com o pensamento de Madre Teresa: Não vou perder tempo julgando, quero gastar esse tempo amando.

E é esse o convite para o novo ano. A consciência de que a sua família será melhor se você for melhor. Que o seu trabalho será melhor se você for melhor. Que o mundo, esse grande coração que pulsa, será renovado se o seu coração for renovado.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Natal: a salvação chega para todos de graça


Há um mistério no Natal. A encarnação do Verbo. Deus se faz humano. Por amor. Mas, há um perigo neste Natal. A sociedade de consumo pode transformá-lo em mercadoria. Felicidade ao alcance de quem tem dinheiro. Deus feito mercadoria. Por dinheiro. Há uma finalidade no Natal. Deus veio morar conosco para liderar nossa caminhada humana para a sua plenitude. Nos faz mais humanos. Nos diviniza. Mas há uma meta pequena nesta Natal. Vender mais. Consumir emoções. Curtir o Natal como espetáculo. Beber todas. Faz-nos menos humanos. Desumaniza-nos. Há uma alegria infinita no Natal.


A salvação chega para todos, de graça. Deus abre seus braços para reencontrar homens e mulheres, seus filhos. Os que não tinham chance são os que mais se alegram. Como os pastores. Os pobres. Mas, há uma tristeza pegando neste Natal. Há barulho de festa, música alta, luminosidade dos anúncios, muito corre-corre, tilintar de copos... mas está faltando alguma coisa. Ou alguém. Quem é mesmo que estamos festejando? Há uma estrela no Natal. A de Belém. Confirmando as profecias. Indicando o caminho aos peregrinos que buscam o Messias. Mas, há um Herodes no Natal.

O mesmo que perseguiu a família de Belém. O que decretou a morte dos inocentes. Na noite do Natal, ele assina decretos que aumentam a fome, a mortalidade infantil e o abandono das crianças nas ruas. Há uma gruta iluminada pela lua no Natal. A de Belém. A dos animais. A da pobreza. O berço do príncipe da paz. No seu despojamento. Na sua simplicidade. Há palácios iluminados nesta Noite. Palácios herodianos. Ostentando luxo e riqueza. Debochando do natal magro da mesa do pobre. Jogando comida no lixo. Há um anjo no Natal. Muitos, aliás. Enchem a noite santa de aleluias e glória a Deus nas alturas. E paz na terra aos homens e mulheres de boa vontade.

Anjos mensageiros das boas-novas. Anjos da paz. Há um diabo solto neste natal. Talvez se vista de anjo. Não anuncia 'paz na terra'. O grito dele é de vingança e ódio. Fala de bombardeios, explosões de bombas e inocentes sacrificados. Anjo da guerra. Um diabo solto neste natal. Quer saber o que é o natal? Então siga o caminho da manjedoura. Siga a estrela. Os sinais que Deus colocou no seu caminho vão lhe levar direto à gruta de Belém. Quando o menino Deus, nos braços de Maria, sorrir para você, saberás o que verdadeiramente é o Natal. É ele mesmo sorrindo para você. No presépio.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

A chegada de Cristo e a preparação do nosso coração


O Ano Litúrgico começa com o Tempo do Advento; um tempo de preparação para a Festa do Natal de Jesus. Este foi o maior acontecimento da História: o Verbo se fez carne e habitou entre nós. Dignou-se a assumir a nossa humanidade, sem deixar de ser Deus. Esse acontecimento precisa ser preparado e celebrado a cada ano. Nessas quatro semanas de preparação, somos convidados a esperar Jesus que vem no Natal e que vem no final dos tempos.


Nas duas primeiras semanas do Advento, a liturgia nos convida a vigiar e esperar a vinda gloriosa do Salvador. Um dia, o Senhor voltará para colocar um fim na História humana, mas o nosso encontro com Ele também está marcado para logo após a morte.

Nas duas últimas semanas, lembrando a espera dos profetas e de Maria, nós nos preparamos mais especialmente para celebrar o nascimento de Jesus em Belém. Os Profetas anunciaram esse acontecimento com riqueza de detalhes: nascerá da tribo de Judá, em Belém, a cidade de Davi; seu Reino não terá fim... Maria O esperou com zelo materno e O preparou para a missão terrena.

Para nos ajudar nesta preparação usa-se a Coroa do Advento, composta por 4 velas nos seus cantos – presas aos ramos formando um círculo. A cada domingo acende-se uma delas. As velas representam as várias etapas da salvação. Começa-se no 1º Domingo, acendendo apenas uma vela e à medida que vão passando os domingos, vamos acendendo as outras velas, até chegar o 4º Domingo, quando todas devem estar acesas. As velas acesas simbolizam nossa fé, nossa alegria. Elas são acesas em honra do Deus que vem a nós. Deus, a grande Luz, "a Luz que ilumina todo homem que vem a este mundo", está para chegar, então, nós O esperamos com luzes, porque O amamos e também queremos ser, como Ele, Luz.

No 1º Domingo (que foi o domingo que passou), há o perdão oferecido a Adão e Eva. Eles morreram na terra, mas viverão em Deus por Jesus Cristo. Sendo Deus, Jesus fez-se filho de Adão para salvar o seu pai terreno. Meditando a chegada de Cristo, que veio no Natal e que vai voltar no final da História, devemos buscar o arrependimento dos nossos pecados e preparar o nosso coração para o encontro com o Senhor. Para isso, nada melhor que uma boa Confissão, bem feita.

Até quando adiaremos a nossa profunda e sincera conversão para Deus?

No 2º Domingo, meditamos a fé dos Patriarcas. Eles acreditaram no dom da terra prometida. Pela fé, superaram todos os obstáculos e tomaram posse das Promessas de Deus. É uma oportunidade de meditarmos em nossa fé; nossa opção religiosa por Jesus Cristo; nosso amor e compromisso com a Santa Igreja Católica – instituída por Ele para levar a salvação a todos os homens de todos os tempos. Qual tem sido o meu papel e o meu lugar na Igreja? Tenho sido o missionário que Jesus espera de todo batizado para salvar o mundo?

No 3º Domingo, meditamos a alegria do rei Davi. Ele celebrou a aliança e sua perpetuidade. Davi é o rei imagem de Jesus, unificou o povo judeu sob seu reinado, como Cristo unificará o mundo todo sob seu comando. Cristo é Rei e veio para reinar; mas o seu Reino não é deste mundo; não se confunde com o “Reino do homem”; seu Reino começa neste mundo, mas se perpetua na eternidade, para onde devemos ter os olhos fixos, sem tirar os pés da terra.

No 4º Domingo, contemplamos o ensinamento dos Profetas, eles anunciaram um Reino de paz e de justiça com a vinda do Messias. O Profeta Isaías apresenta o Senhor como o Deus Forte, o Conselheiro Admirável, o Príncipe da Paz. No seu Reino acabarão a guerra e o sofrimento; o boi comerá palha ao lado do leão; a criança de peito poderá colocar a mão na toca da serpente sem mal algum. É o Reino de Deus que o Menino nascido em Belém vem trazer: Reino de Paz, Verdade, Justiça, Liberdade, Amor e Santidade.

A Coroa do Advento é o primeiro anúncio do Natal. Ela é da cor verde, que simboliza a esperança e a vida, enfeitada com uma fita vermelha, simbolizando o amor de Deus que nos envolve e também a manifestação do nosso amor, que espera ansioso o nascimento do Filho de Deus.

O Tempo do Advento deve ser uma boa preparação para o Natal, deve ser marcado pela conversão de vida – algo fundamental para todo cristão. É um processo de vital importância no relacionamento do homem com Deus. O grande inimigo é a soberba, pois quem se julga justo e mais sábio do que Deus nunca se converterá. Quem se acha sem pecado, não é capaz de perdoar ao próximo, nem pede perdão a Deus.

Deus – ensinam os Profetas – não quer a morte do pecador, mas que este se converta e viva. Jesus quer o mesmo: “Eu vim para que todos tenham a vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10). Por isso Ele chamou os pecadores à conversão: “Convertei-vos, porque está próximo o Reino dos Céus” (Mt 4,17); “convertei-vos e crede no Evangelho” ( Mc 1,15).

Natal do Senhor, este é o tempo favorável; este é o dia da salvação! 

Deus Conosco

Preparando-nos para o encontro com Jesus Cristo, que nasce para nossa salvação nesta festa bonita, que hoje estamos comemorando, a Igreja nos recordava o texto profético de Isaias: “nunca se ouviu dizer nem chegou aos ouvidos de ninguém, que um Deus, exceto Tu, tenha feito tanto pelos que em ti põem a esperança” (Is 64, 2b). Sim. Deus fez tanto por nós que nos deu seu Filho para ser nosso companheiro e assim não nos afastarmos dos seus caminhos.


Era uma noite de paz, quando Ele chegou. Parece-nos até, num devaneio de quem sonha, que a pomba, que Noé soltou pela janela da arca – asas abertas e pandas – volta para nós trazendo no bico o pequenino ramo verde da esperança e da paz. Gostaríamos de soltar, pela vastidão do espaço, bandos dessas aves graciosas, portadores da alvissareira mensagem de paz e amor, que os anjos anunciaram nos céus de Belém.
Pena que, para muitos, o Natal de Jesus, que é Deus vindo ao nosso encontro, se transformou em uma fúria comercial de troca de presentes. Os mensageiros celestes anunciaram aos pastores a chegada do Messias. Este é o grande presente de Deus para a humanidade: “Nasceu hoje na cidade de Davi para vós o Salvador” (Lc 2, 10).

Natal é festa de amor. Deus amou tanto o mundo que enviou seu Filho, revestido de nossa natureza humana, para morar conosco e ensinar-nos os caminhos do bem. Desde a noite do Natal, Deus não está distante; está perto de nós. Por isto a Escritura Sacra o chama com razão de “Emanuel”, isto é, Deus conosco.

Há pois necessidade de nos encontrarmos com Jesus, pois veio não só para estarmos com Ele, mas para o amar, ouvi-lo e seguir-lhe os passos, não por alguns momentos passageiros, mas com a perseverança de quem crê que Ele é o Filho de Deus, nosso único Senhor e Salvador.

Sabemos pois quem é Este que vem a nosso encontro e para que vem. Somos convidados nesta noite bendita a contemplar a cena da família sagrada na pobreza da gruta de Belém: José, o homem forte e casto; Maria, a mulher, invocada pela liturgia grega como “Theotókos”, cujo seio “foi a âmbula primeira de Jesus”; o Menino dormindo no embalo carinhoso dos braços de sua Mãe. Natal é noite feliz, porque Deus não iludiu nossa esperança. Veio e ficou conosco: Emanuel!

Por: Dom Benedicto de Ulhôa Vieira

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Mês das Missões, o chamado para o anúncio de Cristo

Neste mês de outubro, a Igreja se volta para a necessária compreensão das Missões, isto é, da permanente preocupação pelo anúncio do Evangelho a todos os povos. A vinda de Cristo à terra foi para nos revelar o mistério de Deus e ensinar-nos a caminhar para vivermos na sua graça e assim merecermos uma felicidade que não tem fim, que é o céu. São muitos os povos ainda hoje, aos quais a revelação divina de Cristo não os iluminou. Não conhecem o Salvador, a sua vinda histórica, a sua doutrina e o destino feliz a que Deus nos chama.


A ordem de Cristo – “Pregai a boa nova do Evangelho a toda criatura” – nos impulsiona a levar ao mundo todo a notícia feliz que, desde o nascimento de Cristo em Belém, foi anunciada pelos anjos aos pastores e a nós: “Nasceu hoje para nós o Salvador”. Aquela parábola (Mt 20), em que, nas diversas horas do dia, o Senhor convida os trabalhadores para sua vinha, é um chamado a cada um para pôr-se a serviço do Evangelho.

Há uma cena que nos deixa bem claro como o Senhor chama para a honrosa missão de anunciar a todos a salvação. É quando Jesus passa pela banca de impostos de Mateus e o chama – a ele pecador público, como era considerado – para fazer parte dos seus seguidores. De cobrador de impostos tornou-se imediatamente seguidor fervoroso de Jesus. A graça transforma.

Neste mês, a Igreja insiste na necessidade da missão, isto é, de anunciar a salvação, que nos é dada, pelo conhecimento de Jesus e pela adesão fiel e resoluta a Ele, no Messias Salvador.

Cristo nos chama. Não foi só Mateus que foi chamado. Também Paulo, no caminho de Damasco que fez dele o mais ardoroso anunciador de Cristo. A graça agiu nele, transformando-o de perigoso perseguidor em apóstolo, cujo “viver era Cristo”, como ele mesmo confessa. Nós também fomos chamados e isto é a nossa felicidade.

Causa porém tristeza ver como muitíssimos cristãos não têm pelo Senhor Jesus fervoroso entusiasmo, a tal ponto que os leve a anunciá-lo aos que ainda não o conhecem, anunciá-lo pelo testemunho da própria vida oportunamente, sem medo, sem fanatismo, mas com a sinceridade da fé e do amor. Anunciá-lo pela palavra, quando oportuna e pelo testemunho. Outubro é o mês em que a Igreja procura acender o zelo de seus filhos para o anúncio de Cristo em favor dos que O não conhecem e estimular o testemunho dEle para a sociedade em que vivemos.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Rezar é abrir-se a Deus


Ninguém se coloca sob o sol sem se queimar. Se tomar sol você vai sofrer as consequências dele. Com Deus acontece algo semelhante, ninguém se coloca na presença d'Ele sem ser beneficiado por ela. As marcas da presença do Todo-poderoso também são irreversíveis para a nossa salvação. Quando nós nos deixamos conduzir pelo Espírito Santo, Ele nos dá liberdade. Nunca o Senhor pensou em trazê-lo para perto d'Ele para tirar algo de você, muito menos para limitar a sua liberdade. Se Ele não quisesse que fôssemos livres, por que teria nos criado livres?


Nossa liberdade ficou comprometida por nossa própria culpa, porque quem peca se torna escravo do pecado. Pelos erros e pelos vícios que entram em nossa vida ficamos debilitados. O Pai nos deu Cristo para nos libertar daquilo que nos amarra. Deus nos mostra quais caminhos podemos seguir, mas a liberdade de escolher é nossa. O desejo do Senhor é libertar você de toda a angústia, de toda a opressão. O desejo d'Ele é vê-lo feliz.

Veja em Gálatas 5,1: "É para que sejamos homens livres que Cristo nos libertou. Ficai, portanto, firmes e não vos submetais outra vez ao jugo da escravidão". Cristo amou você, morreu numa cruz por sua causa, para que você não fosse escravo do pecado. O Ressuscitado nos libertou de todo o mal, de toda armadilha do inimigo para que permaneçamos livres. Contudo, ninguém é livre na maldade. Uma vez que o Espírito Santo visitá-lo, não dê brecha para o pecado.

Quem conhece as coisas que há no homem, senão o espírito do homem que nele reside? (cf. Coríntios 2, 10-16). Assim também ninguém conhece as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus.

Ninguém pode saber o que está em seu interior se você não abrir a boca e disser. Quando você reza, Deus Pai o refaz e o Espírito Santo o cura e liberta. Rezar é ficar nu na presença de Deus, é se abrir a Ele. Quando você está rezando, coloca-se na presença do Altíssimo, se expõe e é curado. Quando você tira a roupa diante do espelho, vê o que quer e o que não quer. Na hora em que estamos rezando, caem as nossas roupas - espiritualmente falando - e, do mesmo modo, vemos aquilo que queremos e o que não queremos. Tudo que eu faço de mau volta para mim no momento da oração. As feridas que nós ignoramos, na oração não conseguimos ignorá-las, porque, nesse momento, Deus as revela para nós ao nos curar. No momento em que o Senhor me mostra quem eu sou, Ele também mostra quem Ele é. Se Ele me revela uma coisa que não está boa, é porque é preciso consertá-la.

Na oração nós aprendemos a ouvir o Senhor. Não existe ninguém que, tendo rezado, Deus não o tenha respondido. E se Ele não lhe responde diretamente, vai fazê-lo por meio de uma pessoa ou de um fato, mas Ele responde. Nós precisamos aprender a ouvi-Lo na oração para conhecermos os planos que Ele tem para nossa vida.

Eu e você precisamos, na oração, pedir ao Espírito Santo que nos faça descobrir o que está ruim ali dentro. Deus sabe o quando você foi machucado e sabe como curá-lo. A nossa vida inteira é um processo de cura interior. Enquanto você estiver com os pés aqui nesta terra, sua vida será um processo de cura interior. Nós temos que nos apresentar diante de Deus.

O Todo-poderoso tem um plano na sua vida, um plano de amor, um plano de realização e de felicidade para você. Se você não abre o seu coração para a oração, corre o sério risco de morrer sem conhecer o plano que Deus tinha para você.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

O jovem cristão na sociedade


Falar sobre o jovem não é tão simples quanto aparenta ser. Cada jovem tem uma visão diferente da sociedade, cada um constrói sua opinião a partir do que vive, do que vê.


Quando se é jovem todo o tipo de questionamento vem em mente, pois nada parece dar certo, tudo é incerto. Pai, mãe, família em geral, na maioria das vezes são as pedras no caminho para um jovem. Os amigos não são mais confiáveis e parece que só há você no mundo, tendo que lutar contra tudo e todos.

O jovem se questiona muitas vezes como se portar diante da sociedade, se deve se isolar e buscar conquistar seus objetivos sem interferência de quem quer que seja, se deve socializar e compreender as diferenças, ou até mesmo ajudar seu próximo, seu irmão.

Talvez ser jovem também não seja tão simples e fácil, pois quantos jovens têm responsabilidades, pois trabalham, estudam, querem um futuro bom? Mas a sociedade às vezes tem uma ideia generalizada da juventude, baseados em alguns que não querem nada com a vida, quantos não pensam que o dia seguinte é apenas mais um dia?

Mas aquele que se declara jovem cristão é completamente diferente. Ele ajuda o próximo, ele é solidário ao seu irmão. Ele luta. Corre atrás do que quer com garra e força de vontade. Ele faz diversas coisas, mas sem deixar de ser jovem. Pois ele tem a quem seguir.

Você jovem, tem alguma dúvida? Perguntas sem respostas? Não sabe como encontrá-las, ou com quem encontrá-las? Há muitos exemplos na história de jovens que passaram por isso, lembremos um pouco da vida de um jovem que se chamava Daniel. Ele viveu em uma sociedade totalmente diferente de suas crenças e estilo de vida, mas firmado em Deus não se contaminou com a sociedade imunda de sua época. E por essa fidelidade a Deus foi livre da morte e feito um grande governante de seu país.

Hei jovens, somos forte, cheios de fôlego e força de vontade, Cristo conta com essa nossa força e dedicação. Ser sal na terra é usar de sabedoria todas as maneiras que Deus nos capacita para transformar não somente a nossa vida, mas a do nosso irmão também. Nos últimos tempos fomos chamados para anunciar a Boa Nova, a Salvação.

Jovem, Se entregue a Deus, seja fiel a Ele. Busque ser aquilo que Deus quer que você seja.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

A Cruz da JMJ na Diocese de Santo André


Fomos até a Cruz da Jornada Mundial e o Ícone de Maria no Bote Fé, agora foi a vez de  virem até nós.  Sim, eles vieram até nós, no último dia 27 estiveram em nossa Diocese, proporcionando, não só para a juventude, mas para todo o povo de Deus, muita alegria e emoção.


A Cruz e o Ícone foram trazidos até Santo André pelos jovens da Diocese de Santos e recebida com muita festa. Deveriam ser recepcionados pelos jovens do ABC, mas houve alguns imprevistos com os horários programados, e assim sendo, não havia jovens para recepcionar os símbolos. A recepção foi feita por todos  estavam  no local, ídosos, adultos, crianças, moradores de rua. Posteriormente houve um momento de adoração à Cruz, onde comunidade pode tocar e venerar os símbolos.


No final da tarde os símbolos seriam levados pelos jovens , em procissão, pelo centro da cidade. Os jovens estavam preparados para carregá-los, mas todo o povo quebrou o protocolo e se apropriaram dos símbolos, e junto com os jovens passearam pela cidade. O amor e devoção a Cruz do Cristo é maior do que qualquer regra.


Assim que voltaram a Catedral, iniciou-se a Santa Missa, presidida por Dom Nelson. A música de entrada da Cruz e do Ícone na celebração foi ‘Emanuel’, que fez, com certeza, que todos que estiveram no Bote Fé tivessem o sentimento de já ter vivido esse momento. Poucas vezes vimos a catedral do Carmo tão cheia, pessoas ficaram para fora, pois não cabia mais ninguém.


Esses eventos são somente um pouquinho do que está por vir, a Jornada Mundial da Juventude no Rio de janeiro, em 2013. Vemos a alegria e motivação no rosto dos jovens que são o futuro da comunidade de Cristo. Rogo para que esses sentimentos não se percam jamais, mesmo nas dificuldades. Juventude, a alegria do Senhor seja nossa força.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Bote Fé, o início da JMJ 2013



Tudo começou em 1986, em Roma, onde acontecia a primeira Jornada Mundial da Juventude criada pelo Papa João Paulo II no ano anterior. Para mim e outros jovens da Paróquia, partiu do dia que nos foi avisado que haveria um evento reunindo fiéis para ver a Cruz e o ícone de Nossa Senhora vindos de Madri.


Nesse mesmo dia nos foi dito sobre adquirir uma camiseta amarela com algo escrito sobre o evento. Engano nosso! A camiseta acabou sendo vermelha e nela escrito "Bote Fé"; maior engano ainda foi achar que seriam alguns fiéis, pois estavam presentes no Campo de Marte mais de 100 mil pessoas que não tinham apenas a fé estampada na camisa, tinham a fé marcada em seus rostos corados e suados, prova disso é ficar sob um sol forte igual ao daquele dia, sinônimo de amor, louvor e fé.


Não havia somente jovens, e sim, bispos, arcebispos, padres, ministros e voluntários que celebraram e ajudaram na realização da missa, e também idosos e crianças, que ao som de muitos cantores vibraram. Pessoas de muitos estados brasileiros vieram fazer parte desse evento que durou 12 horas. A propósito, a Cruz e o ícone de Nossa Senhora chegaram ao altar acompanhados pelas bandeiras dos estados do Brasil e ao som de “Emanuel”.


Enquanto estávamos curtindo o evento, foi lançado o site da JMJ de 2013 que será celebrada no Rio de Janeiro. Muitos jovens já garantem sua presença lá, pode ser que tenham notado a maravilha que é estar reunido em prol de algo divino. O ícone tem um dos seus significados como devoção, além de mostrar Maria, mãe de Jesus que sempre o acompanha. A cruz é mais do que um objeto, é sinal de entrega, é sinal de Cristo vivo e nas palavras de D. Odilo Pedro Scherer: "Cruz lembra o amor maior, que entrega a vida pelos que ama. Jesus o fez por todos nós.". Estar na JMJ nos fez retribuir um pouquinho do que Jesus fez e continuará fazendo em nossas vidas. 

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

E vivemos mais um mês da Bíblia



O mês de setembro é conhecido como o mês da Bíblia, onde a Igreja chama a atenção para relação e intimidade das pessoas para com a escritura de Deus. Não somente em comprar e estar presente nas casas, enfeitando as estantes, mas para ser lida e meditada diariamente para assim vencer o pecado e as dificuldades que surgem dia a dia.



Através desse livro formado por vários livros, tem-se acesso aos ensinamentos de Deus para alcançar a vida eterna. É possível encontrar a grandiosidade de seu amor, através de suas alianças e o envio de seu próprio filho, Jesus Cristo, para que a Salvação chegasse a todos os seres humanos. São ensinados os cuidados e as formas com que as coisas devem ser realizadas, para que assim as pessoas possam criar uma amizade e uma intimidade com Deus, em outras palavras, é a ferramenta do cristão para conhecer a Deus.

É preciso aproveitar essa oportunidade para, assim como São Francisco de Assis, deixar se Evangelizar através da palavra de Deus, sem duvidar, acreditando, seguindo com fidelidade e aceitando que ali estão as informações necessárias para a salvação, para a felicidade eterna.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Jornada Mundial da Juventude 2011, em Madri



Assim como o Santo Padre gosta de nos saudar, “queridos amigos”, estou muito feliz por ter vivido esse momento ímpar nos caminhos da Evangelização, vivemos o verdadeiro “Pentecostes Jovem”em Madri, Espanha. Cerca de 1,8 milhões de jovens do mundo inteiro, de leste a oeste, de norte a sul, proclamaram que Jesus Cristo é o Senhor e que vale muito a pena sermos missionários desse Amor.


Na missa de abertura da Jornada Mundial da Juventude 2011, enfrentamos muitas dificuldades para chegarmos até a metade do caminho, os quatro lados da praça de Cibeles estavam tomados por jovens europeus, asiáticos, australianos, enfim, do mundo inteiro. 

No outro dia, teríamos um grande desafio, conseguir uma boa posição para darmos as boas-vindas à Bento XVI. Para isso, às 11 horas nos encontramos com todo o grupo na praça Espanha e decidimos que deveríamos sair as 14 horas e 30 direto para a praça de Cibeles. E foi isso que fizemos.

Ficamos muito próximos do centro da praça, além de estarmos ao lado da barricada preparada para separar o caminho por onde o Papa Móvel passaria. E assim, debaixo de muito sol, até as 20 horas desse mesmo dia, aguardamos pacientes e felizes ao grande momento. E então, foi quando o apóstolo de Pedro passou ao nosso lado, nos abençoando e nos dando mais forças para permanecermos em seu caminho.

A JMJ 2011 só estava começando. No outro dia, logo pela manhã, participamos da catequese com o arcebispo Dom Odilo Scherer, e lá aprendemos sobre a “Nova Evangelização”, praticada por jovens em missão por caminhos distantes e secos, ou seja, sem contato com a Fonte de Água Viva (Jesus Cristo). Esses momentos de catequese nos deram força e coragem, para que, ao retornarmos ao nosso país, inspirássemos os jovens do quanto vale a pena nos colocarmos a serviço do Reino de Deus.

Nos dias seguintes sabíamos que precisaríamos de muita energia para alcançarmos nossos objetivos de fé. No sábado, no meio do dia, nos dirigimos ao Aeródromo de Cuatro Vientos. Lá ficamos o dia todo debaixo de um sol de 40 graus, sendo refrescados por caminhões de bombeiros para que pudéssemos aguardar pacientes, até que o Papa Bento XVI chegasse para  a grande vigília de adoração ao Santíssimo Sacramento.

Após a saudação do Papa, logo que iniciou seu discurso, uma forte tormenta iniciou, com ventos fortes, raios e muita chuva. Não durou muito tempo, e essa tempestade cessou. Durante todo esse período, o papa se manteve firme e forte ao nosso lado e teve o prazer de declarar: “Vivemos uma aventura juntos. Firmes na fé em Cristo, resistiram à chuva”. Então, fomos abençoados por Jesus Eucarístico e pudemos dormir em paz, acariciados com suas palavras: “Antes de deixá-los, quero dar boa noite a todos, que descansem bem”.

Finalmente, no domingo, às 9 horas e 30, iniciou-se a Santa Missa de Envio da JMJ 2011. Uma celebração belíssima, valendo ressaltar que a primeira leitura foi feita por um jovem de língua portuguesa.

Nessa mesma missa, o Papa nos enviou como mensageiros apostólicos de Cristo, enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé  (cf. Col 2, 7) e anunciou que a próxima edição da JMJ será no Rio de Janeiro, razão de nossa alegria e orgulho.

Este testemunho está muito longe de expressar tudo que vivemos. É impossível resumir em algumas linhas todos os sentimentos, encontros e desencontros. Independente disso, algumas coisas não poderiam deixar de serem citadas: amizadas feitas dentro do ônibus 1 e ônibus 2 (ônibus da Diocese de Santo André), amizades essas de apenas 15 dias, que ficarão para a vida toda; dormir em um alojamento com mais 80 pessoas, dividindo apenas 5 chuveiros de água fria entre meninos e meninas; poder ver o Papa Bento XVI – representante de Cristo na terra – de tão perto como pudemos ver; participar de duas partilhas maravilhosas, onde pudemos dar um pouco de nós e trazer um pouco de cada um dos que ali estavam; o “tão esperado” retorno de metro para o alojamento, momento em que nos encontrávamos com diversas nacionalidades, de diferentes idiomas e partilhávamos momentos de descontração e alegria; cantando, dançando e evangelizando de maneira diferente.

Enfim, agora temos uma missão e um caminho longo a percorrer. Vamos lá, tome sua Cruz e mãos à obra.

Testemunho escrito por Felipe Guerini, que viveu a JMJ 2011. 

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Escolhas

No mundo de hoje nos deparamos com inúmeras possibilidades. Ouvimos das pessoas, dos meios de comunicação, as quantidades de coisas que podemos e devemos fazer, pois a vida é  curta e não podemos passar vontades, devemos fazer tudo que queremos, realizar todos os nossos desejos. Podemos nos embriagar, podemos nos experimentar, podemos usar drogas, podemos errar, entre tantas outras possibilidades.


São Paulo nos traz uma dica em uma de suas cartas: “posso fazer tudo o que quero. Sim, mas nem tudo me convém" (1 Cor 6 – 12). E essa frase dita a muito tempo se renova nos dias atuais. Nos ajuda a ter consciência sobre nossas escolhas. Temos o direito de escolher tudo sim, pois Deus em sua infinita bondade nos permite o direito de escolher. Mas nem tudo que queremos pode ser feito, nem tudo que é acessível, deve ser utilizado. Devemos pensar em quais conseqüências nossas escolhas terão. Se elas farão bem ao nosso irmão, se elas estão de acordo com os ensinamentos de Deus e se elas nos farão bem a curto e longo prazo.

Busquemos, ao longo de nossa existência, fazer o que convém a Deus e permitir que seu Plano de vida e de amor se faça verdade em nossas vidas. Pois pode não ser tudo que queremos, mas certamente será tudo que precisamos para nossa felicidade eterna.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Mais jovens crismados


No dia 25 de junho 114 jovens de nossa paróquia foram selados pelo Espírito Santo, receberam o Sacramentos da Crisma. Rogamos para que todos continuem nessa caminhada, trabalhando nas pastorais e no plano de Deus.

Amanhã teremos nosso reencontro da Pós Crisma para acolher esses novos servos de Deus. Você que é crismado, participe de nossas reuniões. Amanhã, dia 16 de julho, estaremos na Paróquia Cristo Operário às 16 horas. Serão muito bem vindos.






sexta-feira, 10 de junho de 2011

Por que as pessoas gritam?


Uma das promessas mais belas de toda a revelação é quando Jesus nos afirmou: "Se alguém me ama, guardará a minha palavra; meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada" (Jo 14,23).


No Antigo Testamento, Deus acompanhava o povo de Israel nas brigas e no caminho pelo deserto; na conquista de Canaã assim como no desterro de Babilônia. Deus Pai fez contruir um templo em Jerusalém, onde Ele sempre estaria presente com Seu povo.

De qualquer maneira, no Novo Testamento, Deus não está com Seu povo, mas em Seu povo; Deus não está conosco, senão dentro de nós, como a alma de nossa própria alma, e n'Ele vivemos, nos movemos e existimos (cf. At 17,28). "Acaso não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós" (I Cor 3,16).

Uma professora de matemática perguntou aos seus alunos:

- Por que as pessoas gritam quando estão bravas?

O grupo ficou pensativo por um momento.

O primeiro respondeu:

- Eu grito quando os outros me desesperam.

- Sim, respondeu a professora. Mas, por que grita se a outra pessoa está tão perto de você? Por que não pode falar em voz baixa?

Continuaram as respostas, mas nehuma satisfazia a professora. Enfim, ela explicou:

- Quando duas pessoas estão bravas, seus corações se distanciam, criando uma grande distância entre elas. Para cobrir este vazio, precisam de gritos, pois não escutam nem são escutadas.

A professora, com lógica matemática, continuou:

- Por outro lado, quando duas pessoas se apaixonam, não levantam a voz. Falam baixinho, porque seus corações estão perto um do outro. A distância tem sido superada. Não precisam gritar, porque um está dentro do outro. E até se olham em silêncio para ler a alma nos olhos da pessoa amada.

Deus está dentro de nós. Por isso, quando Jesus nos convida a orar, nos diz para entrarmos na morada profunda de nosso interior, onde encontraremos a presença divina. Muita gente é incapaz de fazer essa viagem, que é a mais importante da geografia da vida; percorrer o interior de nós mesmos, onde Deus tem feito Sua morada. Somos santuários do Espirito, onde Ele mora e atua por meio de nós (cf. I Cor 6,19). Por isso, não precisamos gritar; basta uma atitude de contemplação. O falar-lhe em voz baixa significa, então, que sabemos que Ele nos escuta, porque habita em nosso coração.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

O Retiro da Crisma 2011


A Crisma está na reta final e o último grande evento que tivemos, antes dos crismandos receberem o Sacramento, foi o Retiro. Esse ano aconteceu simultaneamente um retiro para a Pós Crisma também.





O tema foi ‘Como os discípulos em Emaús’ (Lucas 24, 13-35). Um dia voltado não só para olhar para dentro, mas para fora também, e ver quem nos acompanha na caminhada, quais os caminhos que trilhamos. Jesus se manifesta em nossas vidas e muitas vezes não reconhecemos os sinais Dele, não sentimos Sua presença, fomos convidados a nos atentar a esses sinais, a estarmos vigilantes.

Tivemos durante o dia palestras, música, dança, louvor. Um dia maravilhoso e, segundo os crismandos, um dos melhores dias das vidas deles, onde muitos entenderam, assim como os discípulos de Emaús, que o arder em nossos corações é a presença do Cristo ressuscitado. 

Que esse dia jamais seja esquecido e assim façamos de nossas vidas ocasião para que o sonho de Deus aconteça. Jesus fica conosco, basta somente lhe oferecermos um lugar aconchegante, quentinho, como é o nosso coração.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Fim de Namoro

E o namoro acabou. E com ele se foram sonhos, planos, certezas. Parece que a melhor coisa que havia na sua vida foi perdida: a pessoa com quem você namorou ou o próprio namoro.



Você já pensou nisso? De que você sente mais falta: da pessoa com quem você se relacionou ou do relacionamento em si? O que você acha de si mesmo hoje? Aquela pessoa que partiu, o que ela representava para você? Ela pode ter sido alguém que lhe mostrou o seu valor (e você passa a achar que só vale alguma coisa aos olhos dela). Quanta coisa você aprendeu com essa pessoa? Quanto você sofreu com essa relação, acreditando, buscando, se dedicando? Quanta coisa boa você descobriu em si mesmo, e que nem mesmo se dava conta? São tantas as coisas que precisamos avaliar no fim de um namoro!

O namoro acabou. Você já tentou de tudo, mas o vaso quebrou. Alguns ficam ainda tentando remendar. Não dá! É então necessário um tempo. Mas quem aceita? Busca-se desesperadamente alguma coisa que ocupe o lugar daquele relacionamento que terminou. Alguns caem na bebedeira, outros ficam desesperados por uma festa, e a maioria sai desesperada em busca de novos relacionamentos. E aí está um problema: Como se pode pensar em começar algo novo se ainda não foi assimilado aquilo que foi vivido anteriormente? 

O grande sinal de que é necessário um tempo de solidão é exatamente a dificuldade que há em encarar o vazio deixado. Esse tempo de solidão é necessário para avaliar aquilo que foi fecundado durante o relacionamento anterior. É necessário também (pois, com certeza, quando se sai de um relacionamento assim, se sai muito machucado) um tempo para que as feridas cicatrizem.

Quantas pessoas, a fim de sair da 'fossa' acabam se agarrando à primeira ilusão que surge? E quantos sofrem por isso? Quantos estragam a nova relação, comparando-a com a anterior (e isso só aumenta a saudade do que se foi), ou levando para o novo relacionamento todos os vícios que foram adquiridos? É preciso encarar. O namoro acabou; o vaso quebrou. É hora de transferir o líquido para um odre novo. Só Deus pode fazer um odre novo, e é Ele também quem o resgata, quem impede que o líquido (seus sonhos, esperanças, planos) escoe e se perca. E nesse odre novo é que você vai se derramar. Mas assim que a água é despejada, o que você vê? Turbulência. É essa a turbulência que você experimenta naquele primeiro momento. Mas se você espera um pouco, deixando aquela água aquietar-se, o que acontece quando você for olhá-la novamente? Você pode contemplar o seu reflexo!

Somente quando esperamos nossas inquietações se acalmarem é que temos condições de realmente entender o que foi trocado naquela relação; o que foi fecundado; o que foi doado... E se ficar sem aquela pessoa dói tanto, pare para pensar: O que você não consegue fazer sozinho? Qual o pensamento mais frequente agora que está só outra vez? O que você vale? Veja bem: Deus disse que não é bom o homem ficar só (Gn 2,18). Mas a pior solidão talvez seja aquela que se experimenta nas relações em que falta o amor. O amor a Deus sobre todas as coisas, o amor a si mesmo e o amor de um para com outro.

Muitas pessoas se engajam nesses namoros para disfarçar suas dificuldades sociais, familiares ou afetivas. É hora de deixar o amor de Deus falar mais alto e confiar na Palavra d'Ele, que criou, para o homem, uma ajuda que lhe seja adequada (Gn 2,18). 

Você que hoje vive a espera, confie na ação de Deus em sua vida e acredite que há uma pessoa adequada para você. Basta você viver de acordo com aquilo em que acredita e não em função das feridas acumuladas. Hoje já é tempo de você honrar, respeitar e dignificar a esposa, o esposo, os filhos que Deus tem para você. Confiar em Deus é viver essa esperança a cada dia.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Gesto Concreto - Instituto Beneficente Viva a Vida


No dia 1º de maio os jovens da Crisma e Pós Crisma da Paróquia Cristo Operário realizaram um gesto concreto visitando o Instituto Beneficente Viva a Vida, em Suzano. O instituto abriga algumas mães e crianças de 0 à 17 anos, muitos portadores de HIV.

Além de ouvir a Palavra de Deus, levamos a alegria e a Palavra do cristão ao próximo, proporcionando um dia diferente aos moradores do instituto e a nós. E podemos garantir que aprendemos muito mais do que ensinamos.