quinta-feira, 28 de abril de 2011

As pessoas erram por que querem?


Quanto mais faço a experiência de conhecer as pessoas, tanto mais acredito no ser humano. À medida que vou me descobrindo e descobrindo os outros, mais se torna forte em mim a certeza de que as pessoas – essencialmente – são boas.



Todos nós recebemos de Deus muitas capacidades e podemos fazer coisas boas, todos somos capazes de acertar. O homem é uma criatura fantástica, dotada de inteligência, bondade, sensibilidade, entre outras virtudes que, se estimuladas de maneira correta, assumem uma fecundidade surpreendente.

Acredito que ninguém erra porque quer e ninguém é infeliz querendo sê-lo, com consciência disso. Todos querem ser felizes, e é impossível que alguém goste de ser frustrado, entretanto, nem todos sabem realmente qual caminho trilhar para alcançar a felicidade.

A mentalidade vigente (paganizada e hedonista) ilude por demais as pessoas: há pessoas vivendo o adultério, perversões sexuais, vícios, etc., acreditando cegamente que estão certas e que esse é o caminho para a felicidade. Isso porque aprenderam a vida toda que o que importa é somente o prazer "a todo custo" e que é somente este que vai lhes trazer a verdadeira alegria.

Em tal busca, muitos acabaram errando e encontrando a infelicidade como recompensa, contudo, no fundo de seus corações sempre existiu um autêntico desejo de felicidade.

Neste anseio de compreender os erros e contradições do ser humano, também é necessário avaliar a formação familiar de cada indivíduo. É difícil para um pai, educado à base de pancadas, entender que é, com amor, que se educa um filho; e mesmo quando entende, é necessário um esforço enorme para que consiga expressar esse amor. Para quem nunca recebeu amor, amar e deixar-se amar acaba tornando-se uma "violência", ainda mais se essa pessoa não tem uma concreta experiência do amor de Deus.

Pessoas que tiveram histórias duras e de desamor, muitas vezes, até tentam amar, mas não o conseguem. Tentam externar o amor, mas acabam por encontrar-se encarceradas no território da própria limitação.

Pessoas assim amam como sabem, como hoje são capazes. Mas amam.

Muitos dos que hoje são considerados maus acabaram ficando assim em virtude das influências que sofreram. Outros também, se sentiram como que "obrigados" a ser maus, por medo (sentimento de inferioridade) de ser massacrados pela vida e pela sociedade.

Há quem acorde de madrugada, trabalhe o dia inteiro, depois enfrente o trânsito estressante de uma grande cidade e quando chega em casa, à noite, não consegue ser gentil com os seus, como, muitas vezes, gostaria de ser. Entenda-se bem: nossos problemas não podem se tornar justificativas para nossos erros, mas não se pode negar que estes são uma realidade que influencia nosso comportamento.

Isso nos leva a uma compressão do ser humano mais encarnada e misericordiosa, levando-nos a entender o coração antes de condenar a atitude.

Viver bem o Cristianismo é lutar cotidianamente para entender as pessoas sem se fixar na superfície, na aparência, procurando compreender o porquê de cada atitude e reação.

Mais uma vez ouso dizer: Muitos não são ruins porque querem. Inúmeras vezes existem fatores condicionantes que levam as pessoas a agir como agem, fatores estes que podem ser desmistificados e até mesmo extirpados com um pouco de paciência e compreensão.

Todos são – em sua essência – bons, mas nem todos sabem disso…

Eis aí uma bela forma de ser cristão: levar às pessoas a consciência do valor que possuem, fazendo-as acreditar na vida e nas próprias potencialidades (à luz da Graça).

Assim daremos à esperança o direito de se estabelecer vitoriosa, dando à vida a oportunidade de ser mais compreendida e amada no seu real.

terça-feira, 26 de abril de 2011

A Missa de Ramos com Dom Nelson

No último dia 17 de abril a Juventude Católica do Grande ABC (incluindo os jovens da Paróquia Cristo Operário) celebrou o Domingo de Ramos junto com nosso Bispo, Dom Nelson Westrupp. Essa é uma tradição romana (onde os jovens se reúnem com o Papa) também se tornou uma tradição dos jovens de nossa Diocese.

A concentração aconteceu no Paço Municipal de Santo André e seguiu em caminhada, com muita música e alegria, até à Praça do Carmo onde aconteceu a Missa.

Os grupos ligados ao Setor Juventude da Diocese organizaram as caravanas em suas paróquias, e em grande número se fizeram presentes neste encontro no Domingo de Ramos. Ao todo dois mil jovens ali estiveram para ouvir as palavras de seu Pastor.

Nesse dia também se deu a abertura para a Jornada Mundial da Juventude, conforme anunciou o assessor eclesial do Setor Juventude, Padre Alexandre.








quarta-feira, 20 de abril de 2011

Jesus, esmagado pelos nossos pecados


Jesus veio ao mundo para tirar os pecados da humanidade, por isso, Ele morreu na cruz, para arrancar o pecado do mundo, arrancar as ervas daninhas que matam o jardim da nossa alma. Estava anunciado havia mais de mil anos que Ele viria. João Batista anunciou Jesus, ele poderia usar o que os salmistas diziam, mas não. Em São João 1,29, ele anunciou Jesus: "Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo". O anjo disse o mesmo para José: "Ele vai salvar o seu povo dos seus pecados".


O Senhor foi esmagado por causa da nossa iniquidade. Não existe nada neste mundo pior que o pecado. Jesus morreu por nós, por causa dos nossos pecados. É preciso que, nesta Semana Santa, façamos esta reflexão. O Senhor morreu para que saíssemos da escuridão da morte e nos limpássemos de todos os pecados. O Senhor deixou o explendor do céu para experimentar o vale de lágrimas da terra. Nós temos de experimentar o amor de Deus. Depois que Jesus desceu do céu, por amor a cada um de nós, e sofreu tudo que Ele sofreu, ninguém tem o direito de duvidar do Seu amor. Se ainda fosse possível sofrer mais como homem, Jesus teria sofrido para provar o Seu amor.

Nós fomos resgatados da morte pelo preço valioso da vida do Cordeiro de Deus. A nossa salvação custou a vida d'Ele. Quanto vale a sua vida? Você vai me dizer que não tem preço. Deus deu a vida de Seu único Filho para nos salvar. A nossa salvação custou a vida de Nosso Senhor Jesus Cristo. Deus não quer perder nenhum de nós.

No plano de Deus não haveria sofrimento para ninguém, porque Ele nos criou para a vida. Foi por inveja do demônio que a morte entrou no mundo. Ele injetou a morte com o veneno do pecado. A humanidade prefere ouvir a voz do demônio a ouvir a voz de Deus. A morte entrou no mundo, porque o pecado separa o homem de Deus Pai. O pecado da humanidade desorganiza tudo. A causa última de todo o sofrimento é o pecado. "Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo". Foi para isso que o Senhor veio ao mundo.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Jejum: conhecendo melhor essa prática






Todos podem fazer jejum, sejam idosos, jovens, adultos, gestantes, estejam cansados ou doentes. Todos podem jejuar sem que isso lhes faça mal, mas pelo contrário, lhes faça bem. Muitas pessoas não jejuam porque não sabem fazê-lo, imaginam que jejuar seja uma coisa muito difícil e dolorosa, que elas não vão conseguir fazer.


O conceito de jejum não exige que você passe fome. Em suas aparições em Medjurgorje, a própria Nossa Senhora o repetiu várias vezes: “jejuar é refrear a nossa gula e disciplinar o nosso comer”. O jejum é uma riqueza que precisamos reconquistar. É uma forte expressão da comunidade que decidiu fazer uma conversão, começar uma vida nova. 

É bom que você tome tranqüilamente seu café da manhã, como se faz todos os dias, e a partir daí, inicie o jejum. Quanto a hora de terminar o jejum, principalmente o jejum completo, Nossa Senhora de Medjugorje fala em encerrá-lo às quatro da tarde. Você pode terminá-lo às cinco, às seis ou às oito horas da noite. O importante é ser comedido e agir com sabedoria. 

É fundamental ter em mente que não estamos nos submetendo a um teste de resistência. Não precisamos provar nada a ninguém, nem a nós, nem ao Senhor. O objetivo do jejum é nos encontrar com Deus, favorecer a oração e nos disciplinar. Ele serve para nos abrir à graça da contemplação, da intercessão e da unção do Espírito Santo.

Existem várias modalidades de jejum, trataremos, no entanto, somente de quatro tipos que poderão ser de grande proveito para você.

Jejum da Igreja
Esse tipo de jejum é extremamente simples. Você deve tomar o café da manhã normalmente e depois fazer apenas uma refeição, almoçar ou jantar. A outra refeição, a que você não vai fazer, será substituída por um lanche simples. Dessa maneira, por exemplo, se você escolher o almoço para fazer a refeição completa, no jantar faça um lanche que lhe dê condições de passar o resto da noite sem fome.
     
Jejum a pão e água
Nesse segundo tipo de jejum, deve-se comer pão quando se tem fome e beber água quando se tem sede. Apenas isso e nada mais. Não se trata de comer pão e beber água ao mesmo tempo. Pelo contrario, é preciso evitar isso, pois nosso tipo de pão, quando comido com água, geralmente fermenta no estômago, provocando dor de cabeça.

Jejum à base de líquidos
O terceiro tipo de jejum requer que você passe o dia sem comer nada, limitando-se a tomar líquidos. Essa é uma modalidade muito boa de jejum, que refreia a nossa gula e garante a nossa disciplina.  Tratando-se de líquidos, temos uma grande variedade de opções e de combinações possíveis: água, chás, sucos de frutas, sucos de legumes, água de coco, entre outras; todas elas nos mantêm alimentados e bem dispostos sem a quebra do jejum.

O Jejum completo
Nesse quarto tipo de jejum, não se come coisa alguma e só se bebe água. É recomendável que, antes de experimentar essa forma de jejum, você já tenha feito o jejum a pão e água e o jejum à base de líquidos, que podem servir de treino. No jejum completo, é fundamental beber várias vezes ao dia. Não é bom fazer jejum a sem tomar água. É possível fazer jejum sem ingerir mesmo água, porém só as pessoas bem experientes devem tentar fazê-lo. 

Agora, com uma nova compreensão do jejum, comece a praticá-lo, pois isso seguramente trará benefícios a você e ao Corpo de Cristo. Deus abençoe o seu jejum.

Fonte: "Práticas de Jejum", Pe. Jonas Abib