sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Jornada Mundial da Juventude 2011, em Madri



Assim como o Santo Padre gosta de nos saudar, “queridos amigos”, estou muito feliz por ter vivido esse momento ímpar nos caminhos da Evangelização, vivemos o verdadeiro “Pentecostes Jovem”em Madri, Espanha. Cerca de 1,8 milhões de jovens do mundo inteiro, de leste a oeste, de norte a sul, proclamaram que Jesus Cristo é o Senhor e que vale muito a pena sermos missionários desse Amor.


Na missa de abertura da Jornada Mundial da Juventude 2011, enfrentamos muitas dificuldades para chegarmos até a metade do caminho, os quatro lados da praça de Cibeles estavam tomados por jovens europeus, asiáticos, australianos, enfim, do mundo inteiro. 

No outro dia, teríamos um grande desafio, conseguir uma boa posição para darmos as boas-vindas à Bento XVI. Para isso, às 11 horas nos encontramos com todo o grupo na praça Espanha e decidimos que deveríamos sair as 14 horas e 30 direto para a praça de Cibeles. E foi isso que fizemos.

Ficamos muito próximos do centro da praça, além de estarmos ao lado da barricada preparada para separar o caminho por onde o Papa Móvel passaria. E assim, debaixo de muito sol, até as 20 horas desse mesmo dia, aguardamos pacientes e felizes ao grande momento. E então, foi quando o apóstolo de Pedro passou ao nosso lado, nos abençoando e nos dando mais forças para permanecermos em seu caminho.

A JMJ 2011 só estava começando. No outro dia, logo pela manhã, participamos da catequese com o arcebispo Dom Odilo Scherer, e lá aprendemos sobre a “Nova Evangelização”, praticada por jovens em missão por caminhos distantes e secos, ou seja, sem contato com a Fonte de Água Viva (Jesus Cristo). Esses momentos de catequese nos deram força e coragem, para que, ao retornarmos ao nosso país, inspirássemos os jovens do quanto vale a pena nos colocarmos a serviço do Reino de Deus.

Nos dias seguintes sabíamos que precisaríamos de muita energia para alcançarmos nossos objetivos de fé. No sábado, no meio do dia, nos dirigimos ao Aeródromo de Cuatro Vientos. Lá ficamos o dia todo debaixo de um sol de 40 graus, sendo refrescados por caminhões de bombeiros para que pudéssemos aguardar pacientes, até que o Papa Bento XVI chegasse para  a grande vigília de adoração ao Santíssimo Sacramento.

Após a saudação do Papa, logo que iniciou seu discurso, uma forte tormenta iniciou, com ventos fortes, raios e muita chuva. Não durou muito tempo, e essa tempestade cessou. Durante todo esse período, o papa se manteve firme e forte ao nosso lado e teve o prazer de declarar: “Vivemos uma aventura juntos. Firmes na fé em Cristo, resistiram à chuva”. Então, fomos abençoados por Jesus Eucarístico e pudemos dormir em paz, acariciados com suas palavras: “Antes de deixá-los, quero dar boa noite a todos, que descansem bem”.

Finalmente, no domingo, às 9 horas e 30, iniciou-se a Santa Missa de Envio da JMJ 2011. Uma celebração belíssima, valendo ressaltar que a primeira leitura foi feita por um jovem de língua portuguesa.

Nessa mesma missa, o Papa nos enviou como mensageiros apostólicos de Cristo, enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé  (cf. Col 2, 7) e anunciou que a próxima edição da JMJ será no Rio de Janeiro, razão de nossa alegria e orgulho.

Este testemunho está muito longe de expressar tudo que vivemos. É impossível resumir em algumas linhas todos os sentimentos, encontros e desencontros. Independente disso, algumas coisas não poderiam deixar de serem citadas: amizadas feitas dentro do ônibus 1 e ônibus 2 (ônibus da Diocese de Santo André), amizades essas de apenas 15 dias, que ficarão para a vida toda; dormir em um alojamento com mais 80 pessoas, dividindo apenas 5 chuveiros de água fria entre meninos e meninas; poder ver o Papa Bento XVI – representante de Cristo na terra – de tão perto como pudemos ver; participar de duas partilhas maravilhosas, onde pudemos dar um pouco de nós e trazer um pouco de cada um dos que ali estavam; o “tão esperado” retorno de metro para o alojamento, momento em que nos encontrávamos com diversas nacionalidades, de diferentes idiomas e partilhávamos momentos de descontração e alegria; cantando, dançando e evangelizando de maneira diferente.

Enfim, agora temos uma missão e um caminho longo a percorrer. Vamos lá, tome sua Cruz e mãos à obra.

Testemunho escrito por Felipe Guerini, que viveu a JMJ 2011. 

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Escolhas

No mundo de hoje nos deparamos com inúmeras possibilidades. Ouvimos das pessoas, dos meios de comunicação, as quantidades de coisas que podemos e devemos fazer, pois a vida é  curta e não podemos passar vontades, devemos fazer tudo que queremos, realizar todos os nossos desejos. Podemos nos embriagar, podemos nos experimentar, podemos usar drogas, podemos errar, entre tantas outras possibilidades.


São Paulo nos traz uma dica em uma de suas cartas: “posso fazer tudo o que quero. Sim, mas nem tudo me convém" (1 Cor 6 – 12). E essa frase dita a muito tempo se renova nos dias atuais. Nos ajuda a ter consciência sobre nossas escolhas. Temos o direito de escolher tudo sim, pois Deus em sua infinita bondade nos permite o direito de escolher. Mas nem tudo que queremos pode ser feito, nem tudo que é acessível, deve ser utilizado. Devemos pensar em quais conseqüências nossas escolhas terão. Se elas farão bem ao nosso irmão, se elas estão de acordo com os ensinamentos de Deus e se elas nos farão bem a curto e longo prazo.

Busquemos, ao longo de nossa existência, fazer o que convém a Deus e permitir que seu Plano de vida e de amor se faça verdade em nossas vidas. Pois pode não ser tudo que queremos, mas certamente será tudo que precisamos para nossa felicidade eterna.