segunda-feira, 12 de março de 2012

Quaresma – Jejum, Oração e a Caridade


Somos convidados nos 40 dias de quaresma, a praticar o Jejum, a Oração e a Caridade, mas de que forma podemos praticar?


Jejum – A igreja propõe o Jejum como forma de sacrifício, onde tem como função nos alertar que nossa necessidade maior é Deus e para ele devem ser voltadas nossas atenções e ações em nossas vidas. Devemos nos privar de alguma coisa e reverter isso em amor e em caridade. A recomendação da Igreja é realizar o Jejum na Quarta Feira de cinzas e na Sexta Feira da paixão.

Oração – Somos convidados através da oração, a proximidade com Deus. A oração é conhecida como nossa ligação com Deus, sendo assim é necessário pratica-lá diariamente. Isso pode acontecer em nosso quarto, trancado e no silêncio, pode ser feito em comunidade e a maior de todas as orações, a Missa. O importante é que a oração deve ser feita em ligação com Deus, Nossos pensamentos e nosso coração devem estar voltados para aquele momento.

Caridade – É conhecida como a ação da oração, pois a fé sem obras é morta. É preciso ajudar as pessoas, não somente dando dinheiro ou coisas que podem ser compradas, mas oferecendo atenção, conselhos, amor, sorriso, abraço, amizade. Coisas que devem ser doadas de nosso coração, não como troca de favores ou dar para futuramente receber em troca, é lembrar e relembrar que somos todos irmãos e devemos nos amar e ajudar sempre.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Fraternidade e Saúde Pública


Um evento importante para nós, da Igreja Católica, mais uma vez deu as caras em 2012, como sempre, veio na Quarta-Feira de Cinzas e se entenderá por toda a Quaresma. Não sabe do que se trata? É a Campanha da Fraternidade! Para quem ainda não sabe, ela está conosco há 50 anos. Foi lançada nacionalmente no dia 26 de dezembro de 1962, em Natal, no Rio Grande do Norte, com o objetivo que até hoje prevalece de incentivar os fiéis a solidarizar-se com problemas que não são individuais, e sim coletivos.


Eis que a CF 2012 surge com o tema “Fraternidade e Saúde Pública” e com o lema de um versículo do livro do Eclesiástico: “Que a saúde se difunda sobre a terra!” (Eclo 38,8). Não deixando de ressaltar que foi um tema propício, já que em 2012 teremos eleições municipais e que a saúde do país é precária, possivelmente esse será um tema bastante citado pelos políticos, então podemos fazer a diferença com a campanha, já que o tema serve para refletir sobre a realidade da saúde no Brasil.

Além do mais, com bastante articulação dos companheiros da Coordenação Nacional, a campanha conseguiu 12 entidades, movimentos e pastorais que apoiaram a causa, desde Pastorais que defendem os idosos a Movimentos de Direitos sociais, entre outros.

Todos os anos o tema é diferente. Em 2011, por exemplo, tivemos "Fraternidade e a Vida no Planeta". Esse ano, aproximadamente 15 temas foram propostos, mas a escolha foi unânime pelos bispos do CONSEP e Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), pois há todo um processo de consulta às comunidades, pastorais e agentes antes da decisão ser tomada, e também, na elaboração do hino, onde é citado vários versículos da Bíblia, a participação popular é ampla.

A prática de gestos concretos é um dos pilares da CF, é uma das coisas que a população pode fazer, aliás, que todos nós podemos nos envolver e não nos fará mal, pelo contrário, podemos ser solidários e fazer com que a Campanha da Fraternidade faça mais 50 ou 100 anos! Que não só a saúde se difunda sobre a terra, mas também a fé e o amor ao próximo.

quinta-feira, 8 de março de 2012

O dom de ser mulher


A alegria de ser mulher está entremeada de desafios que nosso tempo impõe ou que nós mesmas colocamos como alterações em nossa forma de ser. Faz parte da realidade feminina, nos dias atuais, várias jornadas de trabalho: empresa, casa, do marido, de si, cuidar dos filhos, levá-los à escola, muitas vezes criá-los sozinhas, e tantas outras situações vivenciadas pela mulher. Porém, muitas mulheres se sentem perdidas, não encontrando sentido na vida, e acabam endurecidas e até mesmo entristecidas.


Mesmo assim, acredito que o grande desafio das mulheres é ser mulher. Como assim? Já percebeu o quanto a mulher perdeu sua origem? Mas qual é o natural do ser mulher? Na competição por direitos iguais, as vemos colocando-se, muitas vezes, como rivais dos homens, como aquelas que disputam, da mesma forma, os espaços antes ocupados por eles. É claro que precisamos trabalhar e ter nossas conquistas, mas já viram quantas se queixam da solidão, da falta de um companheiro, do abandono?

Por que insistimos na diferença entre os sexos? Por que a mulher insiste em ser aquilo que sua própria constituição física não permite? A nossa constituição humana não nos faz ser assim. Homem e mulher não são iguais, a começar pelos cromossomos, não é mesmo?

Na tal "guerra dos sexos" tanto homem quanto mulher são perdedores por deixarem de viver a beleza do dom de cada um. A mulher por ser feminina, doce, sensível, acolhedora, mãe, enfim, batalhadora, persistente. Tudo isso é muito natural na realidade feminina, mas o grande desafio é não deixar de lado as habilidades que foram confiadas a cada uma de nós em nossa constituição.

O Papa João Paulo II tece, em uma de suas cartas, um belíssimo comentário sobre nós, dizendo que "rende graças por todas e cada uma das mulheres: pelas mães, pelas irmãs, pelas esposas; pelas mulheres consagradas a Deus na virgindade; pelas mulheres que se dedicam a tantos e tantos seres humanos, que esperam o amor gratuito de outra pessoa; pelas mulheres que cuidam do ser humano na família, que é o sinal fundamental da sociedade humana; pelas mulheres que trabalham profissionalmente, mulheres que, às vezes, carregam uma grande responsabilidade social; pelas mulheres perfeitas e pelas mulheres fracas".

Com toda a beleza que foi dada especialmente a nós, vale uma grande reflexão ligada à importância da valorização da essência feminina. Ao deixar essa essência de lado, muitas vezes nos fechamos ao amor, àquilo que é natural a cada uma de nós.

Deixamos de nos valorizar e, muitas vezes, queremos ser valorizadas pelos homens. É tempo de rever nossa postura no mundo, de voltar ao essencial; não vamos voltar ao século passado, mas é importante que possamos atualizar o ser mulher em nosso tempo, não nos esquecendo da riqueza deste dom, único e especial: SER MULHER! É tempo de retomada: viver valores esquecidos, dons adormecidos e sinais do feminino, a natureza tão bela da mulher, do equilíbrio, da doçura e da força, de todo este universo de características que a fazem MULHER e que, muitas vezes, foram deixadas de lado.